Existem muitas certificações, estreita ou indiretamente ligadas a uma abordagem ambiental, que são aplicáveis às vinhas francesas. Dado o seu número, uma apresentação resumida de cada uma das 24 opções identificadas é fornecida aqui.
A diferença entre certificações e rótulos
Deve-se notar que existem dois termos frequentemente utilizados: certificações e rótulos. Estes dois termos têm valor jurídico, ao contrário de alguns termos frequentemente utilizados ('Vins Responsables', 'Eco-Friendly'…) que não têm nenhum.
Originalmente, o termo certificação referia-se ao processo de ‘certificação’, enquanto o termo rótulo referia-se ao elemento gráfico destinado a transmitir esta informação ao consumidor. Hoje, esta distinção já não se aplica porque a maioria dos intervenientes utiliza estes termos de forma intercambiável.
Critério de seleção
Em termos de critérios de selecção, as adegas francesas podem basear a sua escolha numa lógica ligada à natureza do organismo que gere a certificação: privado (Biodyvin) ou uma emanação das autoridades públicas (selo AB).
Outro critério de seleção poderá estar ligado ao espectro abrangido pela certificação. Um espectro restrito pode ser, por exemplo, o 'Zero Résidu de Pesticides' (apenas conteúdo em garrafa). Por outro lado, uma abordagem sobre uma vinha inteira (AB ou Demeter) ou uma abordagem global chamada 'RSE' incluindo social, societal e económica (Terra Vitis, etc.).
Outra possibilidade é recorrer a certificações que visam testemunhar uma determinada filosofia da profissão do viticultor (por exemplo, AB, Demeter, Nature, etc.).
Sobre o retorno do investimento de certificações e rótulos
De todos os critérios de seleção, o mais importante é provavelmente aquele que oferece o melhor retorno económico para o produtor. Na verdade, um produtor não precisa de um rótulo para praticar a vinificação Biodinâmica (ou Natureza…). A principal justificativa para a certificação está, portanto, na rentabilidade oferecida por esta ou aquela certificação. A rentabilidade é determinada pela procura do mercado, que por sua vez é determinada pelo reconhecimento da certificação pelo consumidor-alvo (uma tendência de fundo ou moda passageira).
Hoje, assistimos a uma verdadeira dinâmica para os vinhos com rótulo AB. Outras certificações também podem funcionar como um verdadeiro nicho de mercado para amadores especializados (vinhos 'naturais').
A necessidade de ser rentável
Todas essas certificações podem, teoricamente, ser somadas. Contudo, os produtores geralmente evitam “coletar” certificações porque a sua utilidade marginal está diminuindo e só criaria custos adicionais, sobrecarga administrativa e confusão para o consumidor.
Algumas combinações interessantes
No entanto, alguns rótulos (Demeter, Nature, etc.) requerem a obtenção prévia de um rótulo de Agricultura Orgânica para receber o rótulo final.
Além disso, certas abordagens, como o EMS, propõem combinar a certificação destinada a potenciar a atividade da vinha (ISO 14001 – Afnor) com a certificação HVE.
Para analisar as diferentes opções, Proponho um mapeamento de minha autoria permitindo uma visão analítica e sintética.
Por fim, algumas certificações pretendem servir de introdução (HVE1) ou de trampolim (3D) para uma certificação mais exigente ou mais ampla.
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